domingo, 10 de julho de 2011

Sacrifício por amor !

Era uma vez uma rapariga chamada Margarida, era muito simpática, divertida e sorridente. Tinha também uma beleza inexplicável. Tinha se mudando a pouco tempo, mas já se ambientava muito bem com a mudança, era uma rapariga determinada. A sua idade era de 23 anos e procurava o seu grande amor, sonhava que um dia encontraria o seu príncipe encantado. Passado um mês a trabalhar no seu livro, que também era o seu grande sonho, concentrava-se em encontrar ar puro que a deixa-se descontrair e relaxar. Entretanto encontrou um café que lhe parecia muito familiar e acolhedor, logo que decidiu entrar, reparou que a harmonia daquele sitio era incrível e admirável. Sentou-se e logo lhe apareceu um empregado. Ai tudo ou quase tudo lhe caiu, nunca tinha visto tal coisa na sua vida, um olhar, um sorriso, um sentimento que para ela era de outro mundo, sentiu um grande aperto no coração que o fez de seguida bater muito depressa, pensado ela por segundos que lhe iria saltar pela boca. Borboletas no estômago começou a sentir depois daquela palpitação. Envergonhada pediu um sumo de laranja e o empregado retribui-lhe com um sorriso encantador e um piscar de olho atrevido.
De imediato pensou que ele teria reparado que ela tinha sentido algo por ele, logo ao primeiro olhar, ficou nervosa e assustada, mas respirando fundo quase passou. Ele apareceu novamente já com o sumo e ela pagou sem dizer mais nada, saiu a correr como se estivesse atrasada para apanhar o comboio. 
Caminhou, caminhou, caminhou e por fim sentou-se num banco de um jardim, pensou, pensou pensou, e não acreditava de como aquilo lhe estava a acontecer. 
Amor, será que o que ela estaria a sentir era amor?
Margarida já não acreditava no amor, sempre que sabia de alguma coisa, de uma suposta paixão, alguém sairia magoado e ela não queria que isso lhe acontecesse. Tinha medo do que lhe poderia acontecer, levou o acontecimento como se fosse uma doença que teria descoberto a pouco tempo. 
No dia seguinte acordou de cabeça erguida, pensou que não teria de ficar com medo, afinal aquilo teria acontecido por alguma razão, talvez estivesse na sua altura, no seu momento.
Despachou-se e logo foi ter ao café, onde trabalhava um rapaz que ela própria não saberia como se chamava, que possivelmente era o amor da vida. Mas que azar que teve, o café estava fechado, triste e desiludida foi-se sentar no mesmo banco do dia anterior, em que pensou, pensou, pensou. Levantou-se e acelerando o passo minuto após minuto tropeçou num pé, que por sorte o dono do próprio agarrou-a para não cair. Mas que sorte era a dela, o dono do pé que quase a fazia cair era o empregado do café. Margarida corou uns segundos agradecendo baixinho, ele sorriu e perguntou-lhe o nome mal ela subiu a cabeça. Ela disse-lhe o nome cada vez mais corada e envergonhada e perguntou-lhe também o dele. Ele antes de mais disse que já a tinha visto, reconhecendo-lhe e de seguida disse-lhe o nome. O empregado do café que tinha uma harmonia admirável, chamava-se Duarte. Ele pediu-lhe se não o podia acompanhar num pequeno passeio, e ela aceitou. Cada vez menos envergonhada os sorrisos e as gargalhadas aumentavam e a cumplicidade também. Depressa o tempo passou e já estava na hora de Margarida ir embora, ele insistiu em leva-la a casa e assim foi. Despedindo-se dela com um beijo na bochecha. O primeiro toque foi emocionante e memorável. 
Os dias foram-se passando, as caminhadas juntos foram aumentando e a cumplicidade não ficava atrás. Um mês passou e aquelas duas alminhas nunca se teriam sentido tão bem com eles próprios como se sentiam naquele momento. Ele levava-a a casa todos os dias e num desses dias, tudo mudou. Ele não se teria despedido dela com um beijo na bochecha mas sim com um beijo suave na boca, uma lágrima lhe caiu como se tivesse acabado de beijar um anjo, essa lágrima era de pura alegria tanto dela como dele. 
Começaram a namorar, ela era uma cliente frequente no café ele era mais que um feliz empregado. As coisas tinham mudando e Margarida nunca se tinha apaixonado o que tornava as coisas mais fantásticas. Duarte também nunca se teria apaixonado por ninguém e amava Margarida com todas as suas forças, fazia tudo para a ver feliz. O amor e a paixão que sentiam um pelo outro era mutuo e lindo de se ver. 
Margarida tinha acabado de publicar um livro, que tinha muito êxito e muitos fãs, mas com tantas propostas que lhe tinham oferecido, havia uma que era irrecusável. Mas havia um grave problema, o proposta não era propriamente perto do sitio onde viviam, mas sim muito longe o que dificultava a relação com o Duarte. O pobre rapaz ficou desolado ao saber da noticia e teria perdido o sorriso deslumbrante que tinha. Margarida despediu-se com uma carta, não o conseguia encarar, talvez tivesse sido egoísta  mas não suportava a dor que estava a sentir. 
Passou uma semana e sem falar com o amado que tanto desejava, ligou a televisão no canal das noticias. De repente bloqueou, o que ela estava a ver era inacreditável. Saiu de casa a correr de pijama vestido e com a televisão ligada. Duarte estava debruçado num arranha-céus pronto para se atirar, a multidão chorava com o coração nas mãos, o desespero era cada vez mais e sem ninguém o conseguir tirar de lá, toda a gente temia o pior. Margarida chegou ao local, estava deslavada em lágrimas e o seu desespero ultrapassava o possível. 
O policia impedia-a de passar para o edifício, mas ela logo se justificou, e explicou que era sua namorada e que o podia ajudar. Subiu num instante como se pudesse voar, naquele momento tudo o que se passava era inexplicável. Ele ouviu os seus passos, ele sentiu o seu cheiro e de longe ouviu a sua voz baixinho, dizendo-lhe para não saltar, que o amava mais que tudo no universo, que faria tudo por ele e tudo pelo amor que sentiam um pelo outro. Ele recuou um passo, ela deu-lhe a mão, eles olharam um para o outro, como se estivessem a comunicar pelo olhar. Naquele momento o silêncio falou por sim, ele disse-lhe baixinho, 'sem ti não consigo viver, sem ti, não respiro e morro de sofrer'. Ela disse-lhe, 'sem ti não consigo respirar, não vivo, é impossível ser eu própria ... sem ti', e de seguida disseram ao mesmo tempo olhando nos olhos um do outro a palavra: 'AMO-TE'.  Olharam para baixo, abraçaram-se, beijaram-se e por fim, saltaram. O amor que sentiam um pelo outro era tanto que se sacrificaram para ficarem juntos eternamente. Eles amavam-se, eles viviam o ar que cada um respirava, separados nunca, juntos eternamente.
"Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente!" ♥   

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Diário de Uma Sobrevivente

Dia 17 de Novembro de 1996 lembro-me bem desse dia, foi o dia em que tudo se arruinou. Estava eu na minha casa, sentada no meu sofá, quando ouvi um grande estrondo que arrebentou com a minha casa. Fiquei sem paredes, sem tecto sem nada, aquele tornado acabara imediatamente com a cidade. Fui ao centro da cidade e estava a população toda junta pelos cantos, crianças e adultos a atroar os ares, que grande tristeza nos vinha a calhar. O vento continuava a soprar e eu mais que assustada a ver os meus pais morrer lentamente. Não sabia como reagir já só vi meus pais caídos, mortos. Estava sozinha e juntaram-me com mais meia dúzia de pessoas que me acolheram gentilmente, perguntando-me se teria fome ou sede. Eu sem reacção fui levada com mais trinta crianças para um orfanato em que lá vivi em segurança. Naquela época ninguém estava preparado para um acontecimento daquela dimensão, o caos foi enorme e muita gente tinha ficado sem casa. Choros, tristeza, desespero eram muitos dos sentimentos vividos naquele momento, ninguém sabia do que seria a sua vida depois daquele tornado. Tinha apenas 10 anos nessa altura e ainda me lembro de tudo, pormenor para pormenor  lembraças horrivéis. Os obstáculos da minha vida estavam apenas a começar. Quando sai do orfanato, acabando de fazer os meus 20 anos, decidi ir viver para uma cidade chamada Evertown. Fui lá que vivi uns 10 anos até me acontecer outro contratempo. Arranjei um trabalho como jornalista no jornal da cidade e conheci um colega meu que era fotógrafo nesse mesmo jornal. Era um rapaz lindo, cabelo castanho, olhos castanhos claros, fiquei encantada na altura, mas como muita gente diz, quem vê caras não vê corações. Conheçemo-nos, tornamo-nos amigos e o sentimento por ele foi crescendo dia após dia, quando o sentimento chegou ao amor, permanecia todos os minutos da minha vida a pensar de como seria bom estar ao pé dele. O amor sempre nos inspira a dizer coisas que nunca lemos ou aprendemos, pois simplesmente sentimos. Equanto o amava só sentia felicidade, principalmente porque pensava que era correspondida. Depois de muita ilusão e de palavras que para mim eram tudo, apercebi-me que estava completamente dependente de uma pessoa que não me amava. Estava cega pelo amor, o que sentia por ele era amor perfundo, mas depois de me ter partido o coração começei a sentir-lhe odio, pois ele nunca me tinha amado e só me tinha feito sofrer. Mudei de cidade, aqueles longos 10 anos em que um único rapaz me fez sofrer já não era o indicado para mim. Decidi ir para uma cidade bem longe daquele sitio para que esquecesse tudo e voltasse ao ínico. O meu único objectivo era ser bem sucedida da minha carreira e conseguir ser a melhor. Como jornalista, tinha acesso às noticias em 1ª mão e reparei num caso que me deixou na altura muito curiosa, então decidi empanhar-me nele. A noticia era sobre vários raptos cometidos pelos mesmo homens, que depois de tentarem fugir tinham sido mortos por um policia sem querer. Mais curiosa fiquei, porque as crianças desaparecidas assim continuavam e muitas das suas familias já tinham desistido de as procurar. Esse foi o caso mais importante na minha vida, principalmente descubrindo o que descubri. Na altura foi para mim um choque, mas consegui ultrapassa-lo aos poucos. Por causa dessa noticia vim a descubrir q tinha sido raptada quando era mt bebé, e fui vendida a um casal que não conseguia ter filhos, esse casal era supostamente o que para mim eram os meus pais biológicos, desde sempre os amava, mas agora já não sabia. Depois soube que os meus supostos pais biológicos não sabiam que eu tinha sido raptada, pois os raptores disseram que era de uma mulher pobre que não me conseguia tratar. Com eles mortos foi dificil arranjar provas mas quando as consegui, foi para mim uma grande vitória. O meu grande azar foi os meus pais biológicos já não estarem vivos, devido a falta de condições tanto de higiene como de alimentação. Tinha mais uma irmã que para mim me era desconhecida que vim a descubrir um pouco depois, conheçemo-nos e agora no presente somos inseparáveis. A minha vida deu muitas reviravoltas, mas neste momento sinto-me feliz e pronta para passar mais obstáculos se eles aparecerem, penso que muitos deles me tornaram mais forte, tenho um grande orgulho em mim.
Se a tua vida não for um dia de sol, luta para que pelo menos seja uma noite estrelada”.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um sentimento forte ! ♥

 
Era uma vez uma rapariga chamada Mayara, era uma menina sorridente e feliz com a vida.   
Vinha passar o verão com os seus avós, que já à muito que não os via.
Tinha apenas 16 anos e no dia 16 de Agosto faria os seus 17 anos. Perto dos seus avós e longe da cidade, dos amigos e dos pais que tanto amava, sentia-se um pouco cautelosa, afinal, já lá não ia a algum tempo, tratava-se de uma grande quinta numa pequena aldeia. Da última vez que tinha lá ido, tinha apenas 10 anos, e tudo estava um pouco diferente, novas pessoas e um bocadinho de mais movimento. Apesar de gostar de movimentação Mayara tinha decidido ir passar o verão com os avós para pensar na vida, no presente e no futuro, então ocupou-se em encontrar um sitio silencioso e genuíno. 
Passado três dias, já tinha encontrado esse sitio que tanto procurava desesperadamente.
 Mayara podia não ter trazido várias coisas importantes, mas trouxe uma coisa essencial, a sua guitarra. A música seguia-lhe e percorria-lhe na alma, saía ao seu pai que antigamente era músico, desistindo pouco depois dessa carreira e investindo noutra que não lhe punha um sorriso na cara. 
 Mayara tinha jeito para tocar e cantar e no "sítio genuíno" que era assim que lhe chamava, cantava sem fim, como se o mundo acaba-se naquele preciso momento e ela tivesse de expressar todos os sentimentos que sentia na música. 
Numa tarde, que parecia não acabar, sentiu num segundo um barulho esquisito que logo se apercebeu, levantou-se em sobressalto, para ver do que se tratava, mas sem sucesso.
Desconfiada e cautelosa, sentou-se novamente, mas desta vez em silêncio, de repente a pobre rapariga desfaz-se em lágrimas. 
Sem ter ninguém para lhe aparar as lágrimas, Mayara desabafa com a Natureza, expressando tudo o que lhe ia na alma, naquele momento, seria um momento de paz e tranquilidade. Naquele verão a Natureza era a sua melhor amiga, Mayara desabafava todos os dias, querendo deixar a mágoa para trás. 
Mais cinco dias passados, já se sentia mais a vontade com a aldeia e com o pouco povo que lá vivia, ajudava a avó na casa e o avô a tratar dos cavalos.
Sempre que podia ia ao "sítio genuíno", mas de repente ao deslocar-se para lá, reparou num vulto que a deixou muito curiosa, tentou perceber mais uma vez do que se tratava e desta vez teve sucesso. Era um rapaz de cabelo fino loiro, de olhos azuis, fazendo festas a um lindo cavalo de pele castanha. Ele reparou na linda jovem que o acompanhava naquela paz e harmonia que aquele sítio transmitia, o seu único gesto foi um sorriso, mas um sorriso que nunca tinha visto, tanta felicidade que transmitia, era com certeza o sorriso mais lindo que tinha visto. Mayara contribuiu também com um sorriso, de seguido o rapaz de nome incógnito monta no cavalo e desaparece.
Numa visão que nunca esquecerá, a rapariga gostaria de saber apenas o seu nome, ou o ver só mais uma vez. Contente com o que lhe tinha sucedido naquela tarde, com um sorriso de orelha a orelha, deitou-se  pronta para sonhar com a maravilha que tinha encontrado. 
De manhã acordou mal disposta e sem se conseguir levantar, estava preocupada, pois estava óptima no dia anterior. A sua avó estranhou a demora e quando a espreitava, Mayara encontrava-se em delírio, com uma febre altíssima, que era difícil de acreditar. A sua avó logo chamou o médico que não lhe trazia boas notícias, a sua pobre neta iria morrer sem explicação, a sua febre era impossível de se curar e o delírio não parava, era impossível, era inexplicável. 
Mas do que será que Mayara tinha morrido, perguntas e porquês em toda a aldeia, toda a gente se interrogava sem saber o que pensar.
Talvez tivesse morrido da beleza, do sentimento tão forte que sentia naquela tarde. Mas uma coisa os avós tinham a certeza, Mayara tinha morrido feliz. Talvez aquela tarde fosse imaginação, ou talvez fosse real e tivesse acontecido, pois isso ninguém tinha a certeza, nem ninguém poderia dizer que sim nem que não. Era incógnito e assim ficou.
 "Uma palavra perdida, uma sentimento profundo, um olhar eterno, um sorriso marcante ! "